Como a música pode auxiliar na saúde mental?
A música é capaz de ativar regiões do cérebro responsáveis pela memória e função cognitiva, além de liberar neurotransmissores como dopamina e endorfina, que geram sensação de prazer e melhoram o humor. As emoções também são influenciadas pelo simples ato de ouvir uma canção, o que auxilia na diminuição do estresse e da ansiedade.
De acordo com a psicóloga e professora do UNIESP, Aline Arruda, nós temos uma relação muito forte e afetiva com a música, pois ela nos remete a lembranças, a uma fase que vivemos. Assim, a musicoterapia, a terapia que utiliza a música como ferramenta para promoção da saúde e bem-estar, reabilitação e desenvolvimento pessoal, pode ser uma forte aliada da psicologia para o tratamento dos pacientes.
“A música é capaz de mexer com as emoções e a musicoterapia pode ser uma ferramenta utilizada pela psicologia por causa dessa relação afetiva. Nosso corpo é ritmado, a gente tem o ritmo do coração, a gente tem o ritmo de fala, a própria pulsação, então isso é algo natural do ser humano. Nós vemos relatos de pessoas em processo de degeneração cognitiva que, quando escutam uma música, conseguem cantar aquela canção e relembrar aquele momento, portanto a parte do cérebro que a música ativa é uma parte mais difícil de ser perdida”, explica a professora.
A musicoterapia também promove a socialização, a aprendizagem, melhora a memória, o humor e a capacidade de comunicação, estimula os movimentos corporais e a coordenação motora. Essa prática é utilizada com pacientes de diferentes idades e diferentes contextos, como no ambiente de trabalho, principalmente após o Ministério do Trabalho e Emprego atualizar a Norma Regulamentadora nº1 (NR-1).
A norma determina que as empresas identifiquem e controlem riscos psicossociais nas organizações. Esses riscos são fatores que afetam a saúde mental dos trabalhadores, como assédio moral, jornada exaustiva, sobrecarga de trabalho e conflitos interpessoais.
“A musicoterapia no ambiente corporativo, chamada de musicoterapia organizacional, é indicada em situações de estresse no ambiente de trabalho, baixa motivação, conflitos interpessoais, dificuldades de comunicação, processos de mudança organizacional e para fortalecer o engajamento e a saúde mental dos colaboradores”, destaca Sergio Aires, musicoterapeuta organizacional.
Ainda segundo o musicoterapeuta, a musicoterapia organizacional tem um papel fundamental no fortalecimento ou recuperação de um senso de pertencimento do colaborador. “As sessões podem ser individuais ou em grupo e alguns dos benefícios alcançados são redução do estresse, melhora da comunicação, aumento da criatividade, fortalecimento do espírito de equipe e promoção de um ambiente mais saudável e produtivo”.
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