Estudantes de Medicina Veterinária relatam desafios de serviço voluntário no RS

  • Fri, 28/Jun/2024

Seis estudantes do curso de Medicina Veterinária do UNIESP passaram por uma experiência desafiadora e gratificante. Elas foram ao Rio Grande do Sul prestar serviço voluntário aos animais afetados pelas enchentes causadas pelas fortes chuvas na região. Foram nove dias de trabalho, que só foi possível graças à doação de colaboradores e parceiros. 

A viagem foi coordenada pela aluna Adriana Cabral, que também é proprietária de um Hemocentro Veterinário e membro da Associação Brasileira de Médicos Veterinários, Hematologistas e Medicina Transfusional. Ela explica que a ação visou atender o chamado da equipe de veterinários de Porto Alegre, na pessoa da doutora Daniele Duhart. Foi aí que a estudante, de forma empática, se reuniu com colegas de turma, que toparam ir ao estado gaúcho

Segundo Adriana, a situação encontrada lá era alarmante, já que havia poucos voluntários no local, pois as equipes estavam esgotadas física e psicologicamente, já que, além dos serviços prestados, muitos dos participantes também tiveram suas casas atingidas. 

“Não havia voluntários suficientes para os serviços básicos, como limpeza, organização das baias, passeio com os cães. Não havia pessoas para dar medicações de horário, nem para contenção de animais para aplicação de medicação. A gente passava o dia realizando tarefas simples e estávamos praticamente sozinhos o tempo todo, porque os voluntários estavam muito cansados e tinham também que limpar suas casas ainda. Então a falta de mão de obra ainda é muito crítica”, relatou.

Muitos animais foram assistidos tanto em Porto Alegre quanto na cidade de Canoas. Os bichos apresentavam um estado de estresse e de pânico, o que dificultava o atendimento, somado à falta de profissionais. Também havia vários tutores em busca de seus pets perdidos. O lado positivo era que em termos materiais havia muita doação, desde comida, cama e agasalhos.  Para conseguir socorrer o máximo de abrigos, as alunas se organizaram em equipes e realizaram escalas. E em todos os locais, a situação era semelhante: muita demanda e pouca gente.

“No início, o povo gaúcho se uniu muito e recebeu muita ajuda. Só que, ao longo das semanas, as pessoas voltam para suas vidas normais. Só que os cães continuam lá, a limpeza continua tendo que ser feita, os passeios devem ser realizados, por que os animais ficam estressados, medicações continuam tendo que ser realizadas. Então o trabalho continua, e as pessoas ficaram cansadas. Então eu diria que essa foi a principal dificuldade”. 

“Uma coisa que vale a pena salientar é que a gente dormia muito pouco, pois saíamos de manhã cedo e chegávamos muito tarde da noite. Se dependesse do volume de trabalho, poderíamos virar noites e noites trabalhando, mas é uma coisa humanamente impossível”, disse Adriana.

Apesar dos desafios, Adriana acredita que este trabalho voluntário contribuiu com sua formação acadêmica e crescimento pessoal, bem como mudou sua visão em relação à missão do profissional de Medicina Veterinária. “Fez a gente ver o mundo e as pessoas de outra forma. Nos ensinou a observar as necessidades reais dos pacientes; a não ter frescura. Obviamente experiências como essa crescem o nosso espírito, o nosso dinamismo e a vontade de sermos profissionais melhores e mais sensíveis. O profissional médico veterinário não pode ser só o dinheiro, a gente tem que ver o lado social sempre, senão não tem razão de a gente existir”.

“A gente sabe que a situação é muito difícil lá, eu acho que vai demorar muito para eles se restabelecerem, mas a gente volta com o sentimento de missão cumprida. Fizemos a nossa parte e levamos o nome do UNIESP com muito orgulho, essa universidade que nos incentivou e nos apoiou, então eu tenho muito a agradecer mesmo”, concluiu.



CAMPANHA DE DOAÇÃO

Durante o mês de maio, o UNIESP foi um ponto de arrecadação de doações para o Rio Grande do Sul. Foram toneladas de produtos, desde alimentos, água, roupas, produtos de higiene pessoal, entre outros, que foram adquiridos e enviados ao estado gaúcho através de uma parceria com o Centro de Tradições Gaúchas.

A ação também teve enfoque especial para doações voltadas aos animais, como ração, camas, casinhas e transportadoras.




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